quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009



Anton Pavlovich Tchecov (29 de Janeiro 1860 - 15 de Julho 1904) foi um dos principais contistas e dramaturgos russos, além de médico. Muitos dos seus contos são considerados a apoteose desta forma de expressão, enquanto sua carreira como dramaturgo, embora curta, teve um grande impacto na literatura dramática. De Tchecov muitos dramaturgos aprenderam como usar o humor, a trivialidade evidente e a inação para destacar a psicologia interna de seus personagens. As quatro peças principais de Tchecov - a Gaivota, Tio Vânia, As Três Irmãs e O Jardim das Cerejeiras - foram todas reencenadas muitas vezes desde suas estréias.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

O ser humano é mesmo um bicho espantoso. Vi ontem – 22.02 – o vídeo Divórcio na Albânia – no Canal futura - e fiquei chocada. Eis a sinopse:
Divórcio na Albânia revela a experiência de milhares de famílias obrigadas a se separarem no período do regime totalitário de Enver Hodja, o ditador europeu que permaneceu no poder por mais tempo no século XX.
Esse vídeo está disponível no You Tube. Recomendo

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Susi

By José Saramago

Pudesse eu, e fecharia todos os zoológicos do mundo. Pudesse eu, e proibiria a utilização de animais nos espectáculos de circo. Não devo ser o único a pensar assim, mas arrisco o protesto, a indignação, a ira da maioria a quem encanta ver animais atrás de grades ou em espaços onde mal podem mover-se como lhes pede a sua natureza. Isto no que toca aos zoológicos. Mais deprimentes do que esses parques, só os espectáculos de circo que conseguem a proeza de tornar ridículos os patéticos cães vestidos de saias, as focas a bater palmas com as barbatanas, os cavalos empenachados, os macacos de bicicleta, os leões saltando arcos, as mulas treinadas para perseguir figurantes vestidos de preto, os elefantes mal equilibrados em esferas de metal móveis. Que é divertido, as crianças adoram, dizem os pais, os quais, para completa educação dos seus rebentos, deveriam levá-los também às sessões de treino (ou de tortura?) suportadas até à agonia pelos pobres animais, vítimas inermes da crueldade humana. Os pais também dizem que as visitas ao zoológico são altamente instrutivas. Talvez o tivessem sido no passado, e ainda assim duvido, mas hoje, graças aos inúmeros documentários sobre a vida animal que as televisões passam a toda a hora, se é educação que se pretende, ela aí está à espera.
Perguntar-se-á a que propósito vem isto, e eu respondo já. No zoológico de Barcelona há uma elefanta solitária que está morrendo de pena e das enfermidades, principalmente infecções intestinais, que mais cedo ou mais tarde atacam os animais privados de liberdade. A pena que sofre, não é difícil imaginar, é consequência da recente morte de uma outra elefanta que com a Susi (este é o nome que puseram à triste abandonada) partilhava num mais do que reduzido espaço. O chão que ela pisa é de cimento, o pior para as sensíveis patas deste animais que talvez ainda tenham na memória a macieza do solo das savanas africanas. Eu sei que o mundo tem problemas mais graves que estar agora a preocupar-se com o bem-estar de uma elefanta, mas a boa reputação de que goza Barcelona comporta obrigações, e esta, ainda que possa parecer um exagero meu, é uma delas. Cuidar de Susi, dar-lhe um fim de vida mais digno que ver-se acantonada num espaço reduzidíssimo e ter de pisar esse chão do inferno que para ela é o cimento. A quem devo apelar? À direcção do zoológico? À Câmara? À Generalitat?
P. S.: Deixo aqui uma fotografia. Tal como em Barcelona há grupos – obrigado - que têm pena de Susi, na Austrália também um ser humano se compadeceu de um marsupial vitimado pelos últimos incêndios. A fotografia não pode ser mais emocionante.

















A imagem dispensa qualquer comentário.





Com periodicidade bianual instalada a partir de 1981, o COLE reúne e aproxima diferentes profissionais nacionais e estrangeiros ligados ao universo do livro e da leitura como espaço de reflexão e socialização de experiências, de produção e divulgação de pesquisas e projetos educativos, de aprofundamento e entendimento das práticas culturais, de atuação e incentivo a políticas públicas. Nessa linha do tempo de mais de 30 anos, o COLE criou uma tradição de rigor naquilo que acredita e propõe para o campo da leitura no Brasil. Tanto é assim que os três últimos Coles (2003, 2005 e 2007) reuniram na Unicamp mais de 4.500 participantes inscritos e uma média de 2000 trabalhos em sessões de comunicação.
A 17ª edição, agendada para o período de 20 a 24 de julho de 2009, pretende não apenas comemorar esses 30 anos de história do COLE, mas também divulgar a história do evento em um espaço de discussão do seu itinerário no cenário cultural e educacional do Brasil e de reflexão e construção de novos caminhos de atuação e parcerias na luta pela democratização da leitura. Mais especificamente, o 17º COLE pretende ser retrospectivo, debruçando-se e refletindo sobre o vasto acervo constituído ao longo do seu percurso, e propositivo, reforçando e delineando idéias que venham a se transformar em sustentáculos para a democratização da leitura no país.

Achei muito linda essa imagem


Decidi registrar aqui algumas citações de Dostoiévski.
1. É melhor ser infeliz, porém estar inteirado disso, do que ser feliz e viver sendo feito idiota;
2.Se queres vencer o mundo inteiro, vence a ti mesmo;
3. E para que enganar-se? É a mais vã e imprudente dasocupações.
4. O que mais me apavora é que abeleza não só é terrível, mas também misteriosa. O demônio luta com Deus e o campo da batalha são os corações humanos.
5. Confesso-lhe que estou um tanto desapontada por você não ter se apaixonado por mim. Por aí se vê que as mulheres nunca podem acreditar nos homens!
Hoje li um texto bem interessante. Aliás, ultimamente tenho lido várias coisas que têm me chamado a atenção. Tezza, Saramago, Marcelo Coelho, Veríssimo, Cony, Faraco etc. Artigos de revistas: Cult, Caros Amigos, Diplomatique, Língua Portuguesa, Carta na Escola, Mente & Cérebro, Piauí e outras. Sem falar dos textos na net. Nela, tenho visitado alguns blogs mui bons. O Física na veia, por exemplo, é ótimo! Fiquei sabendo dele através do blog da Doralice - na Mira do Leitor - que escreve na Gazeta do Povo de Curitiba. Descobri a semana passada a revista Paradoxo. É boa. Ah, a Entrelivrosclássicos nº 7 dedicada a Dostoiévski é sensacional. Já na capa tem a seguinte citação do escritor russo: " A maior felicidade é quando a pessoa sabe porque é infeliz" Que sacada! Os artigos são todos maravilhosos. Um prazer de leitura.