terça-feira, 16 de agosto de 2011

DÁVIDA - CZESLAW MILOSZ


Um dia tão feliz.

A névoa baixou cedo, eu trabalhava no jardim.

Os colibris se demoravam sobre a flor de

[ madressilva.

Não havia coisa na terra que eu quisesse

[ possuir.

Não conhecia ninguém que valesse a pena

[ invejar.

O que aconteceu de mau, esqueci.

Não tinha vergonha ao pensar que fui quem sou.

Não sentia no corpo nenhuma dor.

Me endireitando, vi o mar azul e velas.

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