quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O Sermão da Montanha - Versão para educadores

Recebi por e-mail esse texto e achei muito criativo e divertido também! Ele não veio com o nome do autor. Confiram!
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Naquele tempo, Jesus subiu a um monte seguido pela multidão e, sentado sobre uma grande pedra, deixou que os seus discípulos e seguidores se aproximassem. Ele os preparava para serem educadores e capazes de transmitir a lição da Boa Nova a todos os homens.
Tomando a palavra, disse-lhes:

– “Em verdade, em verdade vos digo: Felizes os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus. Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Felizes os misericordiosos, porque eles...”

Pedro o interrompeu:
– Mestre, vamos ter que saber isso de cor?

André disse:
– É pra copiar no caderno?

Filipe lamentou-se:
– Esqueci meu papiro!

Bartolomeu quis saber:
– Vai cair na prova?

João levantou a mão:
– Posso ir ao banheiro?

Judas Iscariotes resmungou:
– O que é que a gente vai ganhar com isso?

Judas Tadeu defendeu-se:
– Foi o outro Judas que perguntou!

Tomé questionou:
– Tem uma fórmula pra provar que isso tá certo?

Tiago Maior indagou:
– Vai valer nota?

Tiago Menor reclamou:
– Não ouvi nada, com esse grandão na minha frente.

Simão Zelote gritou, nervoso:
– Mas porque é que não dá logo a resposta e pronto!?

Mateus queixou-se:
– Eu não entendi nada, ninguém entendeu nada!

Um dos fariseus, que nunca tinha estado diante de uma multidão nem ensinado nada a ninguém, tomou a palavra e dirigiu-se a Jesus, dizendo:
– Isso que o senhor está fazendo é uma aula? Onde está o seu plano de curso e a avaliação diagnóstica? Quais são os objetivos gerais e específicos? Quais são as suas estratégias para recuperação dos conhecimentos prévios?
Caifás emendou:
– Fez uma programação que inclua os temas transversais e atividades integradoras com outras disciplinas? E os espaços para incluir os parâmetros curriculares gerais? Elaborou os conteúdos, conceituais, procedimentais e atitudinais?

Pilatos, sentado lá no fundão, disse a Jesus:
– Quero ver as avaliações da primeira, segunda e terceira etapas e reservo-me o direito de, ao final, aumentar as notas dos seus discípulos para que se cumpram as promessas do Imperador de um ensino de qualidade. Nem pensar em números e estatísticas que coloquem em dúvida a eficácia do nosso projeto.
– E vê lá se não vai reprovar alguém! Lembre-se que você ainda não é professor titular...

Jesus deu um suspiro profundo, pensou em ir à sinagoga e pedir aposentadoria proporcional aos trinta e três anos.
Mas, tendo em vista o fator previdenciário e a regra dos 95, desistiu.
Pensou em pegar um empréstimo consignado com Zaqueu, voltar pra Nazaré e montar uma padaria... Mas olhou de novo a multidão. Eram como ovelhas sem pastor... Seu coração de educador se enterneceu e Ele continuou:

“Felizes vocês, se forem desrespeitados e perseguidos, se disserem mentiras contra vocês por causa da Educação. Fiquem alegres e contentes, porque será grande a recompensa no céu.
Do mesmo modo perseguiram outros educadores que vieram antes de vocês”.

Tomé, sempre resmungão, reclamou:
– Mas só no céu, Senhor?

– Tem razão, Tomé – disse Jesus – há quem queira transformar minhas palavras em conformismo e alienação...
Eu lhes digo, NÃO! Não se acomodem. Não fiquem esperando, de braços cruzados, uma recompensa do além. É preciso construir o paraíso aqui e agora, para merecer o que vem depois...

E Jesus concluiu:
– Vocês, meus queridos educadores, são o sal da terra e a luz do mundo...


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